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O espetáculo continua: a luta pelo Circo Escola

A comunidade se organiza em busca de soluções para retomada das atividades


por Filipe Albessu Narciso



Espaço foi fechado como consequência das más condições de sua estrutura, segundo uma análise técnica da Prefeitura. [Foto: Ana Carolina Cipriano]


Na última quarta-feira, 27, houve uma reunião virtual dos moradores da São Remo e simpatizantes da causa do Circo Escola com representantes do Serviço de Assistência Social (SAS) e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Butantã. Pais, representantes da comunidade, ex-moradores e assistentes sociais enfatizaram a importância do espaço para a São Remo e definiram possíveis meios de ação burocráticos e sociais para dar continuidade aos serviços presentes no local e para lutar por sua reforma.

O Circo Escola oferece atividades complementares a crianças e adolescentes na São Remo há trinta anos. Com a chegada do coronavírus ao Brasil no primeiro semestre do ano passado, as portas do local precisaram ser fechadas como medida de segurança. Mas elas nunca abriram novamente.

Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo afirmou que uma equipe técnica de engenharia constatou a inadequação da estrutura do local à continuidade de atividades. De acordo com a assistência social do Butantã, uma das principais dificuldades em relação à reforma do local é o fato de que ele pertence à Universidade de São Paulo (USP), instituição estadual. Por essa razão, investimentos municipais não puderam ser repassados aos reparos da estrutura.

Responsável por atender em torno de 300 crianças e adolescentes no contraturno escolar, o Circo Escola é uma iniciativa comunitária para a socialização e o contato com atividades recreativas e culturais. Além dele, o CEDESP e outras iniciativas de seguridade social também utilizavam o espaço, localizado na rua Aquianés, número 13.

Organizados em vídeo-chamada, os indivíduos presentes na reunião definiram algumas diretrizes e bases para as mobilizações seguintes. Uma reunião interna da comunidade, o estabelecimento de contato entre ela e a subprefeitura do Butantã, a organização de atos públicos, abaixo-assinados e presença da imprensa, além do contato com o Ministério Público e a Defensoria Pública foram alguns dos pontos levantados.

Porém, novos entraves surgiram ao uso do espaço nos últimos meses. A situação atual da estrutura do Circo Escola é de significativa degradação, superior à situação de março do ano passado. Novas propostas, como a criação de um Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) e a busca de um novo espaço para a criação de um edital para um CEDESP, foram pensadas e debatidas.

Hoje, o espaço do Circo Escola permanece fechado, sem previsão de retorno. No momento, a comunidade ainda define seus próximos passos e planeja o empoderamento de sua população para buscarem por soluções e atitudes possíveis que possibilitem a prevalência desse espaço considerado imprescindível para a formação social de crianças e adolescentes.


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